Operação em 2021 |
De acordo com informações apresentadas no processo, a família começou a atuar no crime há mais de 10 anos. Eles eram contratados por empresários para cobrar dívidas e abordavam as vítimas com violência, além de ameaças e extorsões.
Ao longo dos anos a fama de ‘matadora’ da família foi crescendo na região e eles se organizaram como um grupo criminoso. A sentença aponta que as consequências dos crimes são “gravíssimas”, já que eles causavam terror na população.
As investigações policiais apontaram que os parentes matavam qualquer pessoa que desafiasse ou desrespeitasse a família.
O líder da organização criminosa está entre os condenados. Segundo a sentença, foi ele quem deu o nome de “os Mato Grosso” para a organização. A pena do réu foi de 9 anos, 9 meses e 320 dias de reclusão. No entanto, como ele está preso desde 2021, deve cumprir sete anos, 11 meses e 24 dias de pena em regime fechado.
A esposa do líder também foi condenada. Segundo a Justiça, ela auxiliava o esposo armazenando, ocultando e distribuindo armas de fogo e outros produtos ilícitos. Além disso, quando o marido foi preso, a mulher assumiu o posto de líder temporária. A ré foi condenada a quatro anos e oito meses de reclusão, mas deve cumprir 2 anos e 6 meses porque se encontrava presa desde 2021.
Sogro, irmãos, cunhados e outros familiares do líder criminoso também foram julgados. O grupo foi condenado por crimes como homicídio qualificado com características de grupo de extermínio, tráfico de drogas, receptação, roubos e extorsões em Rondônia. Juntas, as penas ultrapassam 70 anos.
Além das 19 pessoas da família que foram condenadas, pelo menos outros seis integrantes ainda devem ser julgados.
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Operação Xeque-Mate
Em abril de 2021, 31 integrantes da família foram presos durante a Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Civil. Na época, as autoridades policiais revelaram que ao menos 30 assassinatos já tinham sido confirmados e relacionados com a “família Mato Grosso”.
Ao todo, 35 mandados de prisões foram autorizados pela Justiça, e os agentes conseguiram cumprir 31 nas cidades de Ariquemes (RO), Monte Negro, Ouro Preto (RO), Jaru (RO), Porto Velho, Guajará-Mirim (RO), Costa Marques (RO), Paranatinga (MT) e Sapezal (MT). Mais de 100 policiais participaram da operação, que conta ainda com 35 viaturas, quatro cães, um helicóptero, Core, Samu, e Politec.
Quase sete meses depois, mais dois integrantes da família – irmãos – foram presos em uma operação conjunta da Polícia Civil de Rondônia e Mato Grosso. Um deles era o chefe da organização. Ambos já tinham sido alvo da polícia, mas conseguiram escapar do cerco na primeira tentativa.
Fonte: Jornal Floripa
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