Durante a
manhã desta quinta-feira, 16, policiais do Serviço de Investigações e Capturas
(SEVIC) da Polícia Civil prenderam os suspeitos da morte de Geovana Nunes, de
21 anos, executada com três tiros no dia 6 de abril em um bar na Avenida
Princesa Isabel, em Guajará-Mirim.
Quando
Geovana foi morta, ela estava há pouco tempo na cidade. Ela foi atingida por
dois homens que passaram de moto atirando, os quais supostamente são os dois
presos hoje.
Geovana teria
sido morta por fazer parte de um grupo criminoso, que teria participado de um
homicídio em Porto Velho, praticado com requintes de crueldade e filmado.
Foram vários
dias de investigações realizadas por policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil
de Guajará-Mirim. Hoje, a equipe contou com o apoio de policiais militares do
Núcleo de Inteligência do 6º BPM para cumprir os mandados de busca e apreensão.
A ação
ocorreu em uma residência na Rua 7, no bairro Santa Luzia. Segundo informações
da polícia, nessa casa acontecia o planejamento de algumas ações criminosas.
Para chegar à casa, a polícia usou um planejamento estratégico e tático
devidamente esquematizado para prender os suspeitos no início desta manhã.
Os policiais
cercaram a casa e pediram para todos se apresentarem, mas logo tiveram que
entrar na casa porque um dos suspeitos ameaçou fugir. Luís Mateus, conhecido
como DOM, foi preso e é apontado pela polícia como o autor da morte de Geovana
e suspeito da morte de Fernando Feitosa Dantas, o Ponga, que foi morto no dia
23 de abril na Rua 8, no bairro Santa Luzia. Ele é investigado por ordenar
mortes.
Segundo a polícia, DOM é extremamente perigoso e estaria sendo investigado por ordenar a morte de integrantes da facção rival PCC em Guajará-Mirim. A polícia considera que DOM é o conselheiro do Comando Vermelho em Guajará-Mirim e, portanto, responsável por “decretar” e participar pessoalmente da morte de rivais.
DOM resistiu à prisão e a polícia teve que usar força física e empregar algemas para prendê-lo. Na casa, os policiais também prenderam outro integrante de uma facção criminosa, Gean Silva, conhecido na facção como SEM ALMA. Ele estava armado com uma pistola 9mm, com mira laser e pelo menos 15 munições intactas prontas para serem detonadas, mas ele estava dormindo na hora da ação policial.
Contra Gean já havia um mandado de prisão expedido pela Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas de Porto Velho. Os policiais disseram que, mesmo algemado, DOM se irritou porque SEM ALMA não reagiu à prisão e, armado, poderia ter matado ao menos um policial, o que mostraria sua fidelidade como membro.
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Com DOM e SEM ALMA presos, os policiais observaram a dona da casa pegando uma arma garrucha calibre 22 em uma gaveta e repassando para sua filha de apenas 12 anos, que colocou na cintura, mas acabou detida. As duas foram detidas por porte ilegal de arma de fogo, tendo em vista que na casa ainda foram encontrados um revólver calibre 38, que DOM disse ser de sua propriedade.
Na casa foram apreendidas três armas, diversos celulares, uma toca ninja e uma máscara igual às usadas no filme "La Casa de Papel." DOM e SEM ALMA negam a participação em mortes, mas afirmam ser integrantes de grupos criminosos que atuam em Guajará-Mirim.
A polícia ainda vai investigar se eles também são responsáveis pela morte de Pedro Henrique de Oliveira Dias, de 20 anos, conhecido como Pedrinho, alvejado em uma residência no Bairro Planalto, no dia 6 deste mês, por dois elementos que estavam em uma bicicleta elétrica. Os tiros atingiram o tórax, cabeça e pescoço.
A polícia ainda não concluiu as investigações deste caso e enfrenta sérias dificuldades, tendo em vista que ninguém assumiu responsabilidade pelas acusações.
Fonte: Guajará Notícias