Coluna Almanaque: NA MARCHA À RÉ DA HISTÓRIA

Por Fábio Marques
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  Por Fábio Marques

Há mais de vinte anos que a situação política do município é caótica. Mas nada se compara com o que acontece hoje. A situação política está fora dos parâmetros nunca antes vistos. Esta situação faz com que sintamos vergonha de vivermos num espaço onde os valores éticos e morais não mais existem.

Há tempos que Guajará-Mirim vem sofrendo com políticos que se aproveitam da ignorância do povão para fazerem discursos repletos de promessas que nem eles mesmos acreditam. Passaram-se anos, trocaram-se prefeitos, mas mudanças de verdade nunca houveram. Quando falo em mudanças, me refiro ao progresso, à criação de empregos, de melhores escolas, melhor saúde pública e melhor qualidade de vida.



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Nos últimos tempos tem tomado dimensão nas conversas de esquinas e nas rodadas de debates da Internet os conflitos políticos que ocorrem nas entranhas do Palácio Pérola. Prefeita e vice-prefeita, aliadas iniciais de campanha, hoje se digladiam nas vísceras do poder de comando do Executivo Municipal. Aquela uma, ao bloquear espaço para a atuação da outra naquilo que se poderia trabalhar em proveito político de ambas e em prol da cidade. E aquela outra, ao procurar derrubar da gerência pública através de maquinações políticas, aquela uma.

Neste bazar de vaidades, quem acaba perdendo é a cidade e aqueles que a habitam que assistem de palanque a este sinistro teatro que assassina sonhos e utopias guardadas  nas mentes e corações daqueles que ainda vislumbram por melhorias na qualidade de vida e no bem estar para todos os cidadãos que sagraram Guajará-Mirim como sua cidade eterna. Esta situação de pendengas e disputas, este estado instável de dúvidas e atropelos é que atrasa a cidade e a coloca cada vez mais na marcha à ré do progresso.

Vale ressaltar que progresso não se caracteriza pela reforma de um hospital e muito menos pelos falsos anúncios da chegada de novos empreendimentos. Progresso se faz com a prancheta de orçamento com planilhas que deverão ser voltadas para o bem estar da população com todos os recursos aplicados em tempo integral na educação, na saúde e em saneamento básico. Progresso também se faz através da pressão política com prefeito e vereadores agindo em prol da cidade e buscando implantar políticas que induzam grandes empresas, fábricas e usinas a virem se instalar na cidade e não pedindo “verbinhas” ou emendas junto a governador ou deputados de Porto Velho ou de Brasília.

Riquezas naturais em Guajará-Mirim é o que não falta. Incentivos fiscais também não. O problema é que nossas riquezas só estão servindo para tornar os povos da BR mais ricos ainda. Seus caminhões destroem nossas avenidas e nos deixam comendo “ipsis literis” poeira e cada vez mais na pobreza.

A politica deveria estar servindo para convergir ao invés de divergir, de procurar o diálogo e o espaço das retas intenções e não o da discórdia e do acirro de ânimos. A politica como gestora do bem comum em proveito de todos e não como princípio ativo de nocivos contágios.

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.




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