Povos indígenas de Guajará-Mirim recebem atendimento de técnicos da Saúde

População local sofre com a estiagem e 23 aldeias estão com o acesso fluvial comprometido, afetando mais de 2 mil indígenas.
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O Mamoré
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A equipe técnica do Ministério da Saúde que está no estado de Rondônia para elaborar um diagnóstico situacional devido a seca extrema e queimadas, esteve nesta quarta-feira(25), em Guajará-Mirim, a 327,9 km da capital Porto Velho, para se reunir com as secretarias de saúde municipal e estadual, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros e entender a situação do município, que sofre com a ação das queimadas. A reunião ocorreu na Universidade Federal de Rondônia, campus Guajará-Mirim.

 

Guajará-Mirim é o município com a maior população indígena do estado, com 5.175 indígenas divididos em 46 aldeias. Dessas, 23 estão com o acesso fluvial comprometido, afetando cerca de 2.500 indígenas.

 

Devido ao nível baixo dos rios, o acesso às aldeias de Cristo Reis, Laranjal, Pedreira e São Luiz dura até sete dias e em alguns trechos o barco precisa ser empurrado já que não há água. Antes, esse acesso era feito em dois dias no máximo. Essas aldeias e outras 7 (Castanheira, Comi Wa Wan, Ocaia 3, Palhal, Pantirop, Piranha e Rio Negro Ocaia) estão sem água e sem alimento.




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Segundo a assistente social da Casa de Saúde Indígena (Casai) local, Greice Quele Peixe, o cuidado com a saúde da população é muito dificultado pela estiagem. “A equipe de saúde não consegue chegar em algumas aldeias e muitas vezes o barqueiro tem que puxar o barco por falta de navegabilidade e limpar o caminho com motosserra”, relata.

 

Além dos obstáculos naturais como pedras, bancos de areia e árvores caídas, há desafios logísticos como a conservação de imunobiológicos, que dependem de uma temperatura específica e possuem uma vida útil limitada.

 

A equipe da Força Nacional do SUS (FN-SUS) atravessou o Rio Pacaás para visitar a aldeia indígena Poeirinha, porém teve dificuldades de acesso. Um indígena da região que necessitava de atendimento médico foi removido de balsa pelos técnicos da Força. Por fim, a equipe visitou o Hospital Regional Perpétuo Socorro e o Laboratório de Fronteiras (Lafron-RO).

Fonte: Ministério da Saúde






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