A partir de 20 de janeiro do próximo ano, o governo de
Donald Trump trará uma grande mudança para a economia mundial, e,
especialmente, para a economia do Brasil. O economista Roberto Luis Troster
explica que a principal proposta de Trump é adotar uma política protecionista
inspirada em práticas mercantilistas dos anos 30, com a ideia de
"empobrecer o vizinho". Esse tipo de estratégia se baseia no aumento
de barreiras comerciais, visando proteger a produção interna ao dificultar a
entrada de produtos estrangeiros. O objetivo de Trump é aumentar essas
barreiras com a China, México, Canadá e, também, com o Brasil. Esse aumento das
barreiras pode gerar um efeito prático significativo. Quando um produto
nacional é produzido a um custo de 10, e o mesmo produto é produzido no
exterior por 9, a tendência é que o produto estrangeiro substitua o nacional no
mercado. Porém, ao impor uma barreira tarifária, como uma taxa de 20%, o
produto nacional se torna mais competitivo, o que ajuda a deslocar os produtos
importados. Esse tipo de abordagem foi utilizado em várias partes do mundo,
inclusive no Brasil, durante décadas, para proteger a indústria nacional.
Contudo, há dois problemas principais com essa estratégia. O primeiro é a
retaliação: se os Estados Unidos aumentam as barreiras para produtos de outros
países, como o Brasil e a China, esses países podem reagir da mesma forma,
criando barreiras para os produtos americanos. Isso pode reduzir o comércio
global como um todo. O segundo problema é a inflação. Com o aumento das
barreiras, os preços tendem a subir, o que pode pressionar a inflação nos
Estados Unidos, exigindo juros mais altos por mais tempo. Para o Brasil, isso
significa um custo maior para captar recursos no mercado externo. Além disso, o
fortalecimento do dólar, impulsionado pelos juros mais altos nos Estados
Unidos, pode prejudicar ainda mais o Brasil. O país enfrentaria dificuldades
para exportar para os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que teria que lidar com
um câmbio mais desfavorável. Por outro lado, a China segue uma estratégia
diferente, buscando expandir o comércio global. Com a iniciativa da Rota da Seda,
a China está investindo em infraestrutura para aumentar seu comércio, como a
recente inauguração de um porto no Equador e um canal para importações. Essa
movimentação mostra que a China está tentando preencher o espaço deixado pela
política protecionista dos Estados Unidos. O resultado desse cenário depende de
como a China reagirá, ampliando suas importações do Brasil, e de como os outros
países irão adaptar suas estratégias às novas políticas econômicas de Trump. O
jogo global está em pleno andamento, e as reações internacionais definirão o
futuro das economias envolvidas.
Assista: https://youtu.be/WDQvin--uao
Triste: MEI com Dívidas com o FISCO vão ser Excluídos do
Simples
Mais de 1,8 milhão de microempreendedores individuais
(MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) de todo o País
correm o risco de exclusão do Simples Nacional por inadimplência. Juntos, eles
devem R$ 26,7 bilhões, segundo a Receita Federal. Dos mais de 1,8 milhão,
1.121.419 são MEIs, e outros 754.915 são ME ou EPP. Eles são apontados como os
maiores devedores, segundo a Receita, e não a totalidade daqueles que possuem
débitos com os órgãos federais. Se não acertarem as contas com o Fisco antes do
dia 1.º de janeiro de 2025, os inadimplentes serão excluídos do Simples. Se for
MEI, será automaticamente desenquadrado do Simples Nacional do
Microempreendedor Individual (Simei) também a partir do primeiro dia do ano que
vem. O Simples é um regime especial unificado de arrecadação de tributos e
contribuições devidos por MEIs e empresas de pequeno porte. Com ele, as
empresas conseguem unificar o pagamento de diversos tributos, inclusive
impostos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação
de Serviços (ICMS), e municipais, entre eles o Imposto Sobre Serviços (ISS), e
a contribuição patronal para Previdência. Entre os dias 30 de setembro e 4 de
outubro, foi disponibilizado no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples
Nacional e MEI (DTE-SN) o aviso de que a empresa pode ser excluída e quais são
as suas pendências com a Receita Federal ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional.
Assista: https://youtu.be/zFs_Sd-XgKU
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Simpi Nacional cresce e apresenta objetivos e inovações para 2025
Em reunião recente, o Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI) definiu estratégias ousadas para os próximos anos, com foco na expansão nacional e internacional da entidade. O principal objetivo é retirar 20 milhões de empresários da informalidade, oferecendo suporte jurídico, administrativo e contábil, além de promover conhecimento e inovação. A proposta inclui soluções tecnológicas com uso de inteligência artificial e ações voltadas à sustentabilidade. Uma das grandes novidades é a inclusão de pequenos empresários brasileiros que vivem no exterior. Eles terão acesso a benefícios como integração comercial com outros estados do Brasil, assistência médica, seguro e a utilização da plataforma EducaSIMPI, que oferece cursos, produtos e serviços online.
Planos para 2025
Para o próximo ano, o SIMPI ampliará os serviços oferecidos. Destaque para o lançamento de uma plataforma antifraude, que garantirá maior segurança em contratações comerciais tanto para empresários quanto para consumidores. Além disso, a entidade investirá em novas tecnologias e inovação, integrando os associados de diferentes países em um sistema único de colaboração e negócios. Para atender à crescente demanda, o SIMPI contratará 3 mil consultores que visitarão presencialmente microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas em todo o Brasil. O trabalho desses profissionais será focado em dois objetivos principais: levar conhecimento e apoio técnico aos empresários, e coletar informações para o Centro de Atendimento Integrado, que centralizará as demandas do setor.
Benefícios para associados
Os associados do SIMPI terão acesso a uma ampla gama de benefícios. Entre os serviços já consolidados e as novas implementações, a entidade promete uma atuação mais robusta, capaz de atender até 15 milhões de empresas. Entre os benefícios estão a emissão de boletos de pagamento, seguros, assistência médica, certificado digital, suporte jurídico e contábil, além de treinamentos em vendas e distribuição. Com essa estrutura, o SIMPI busca fortalecer a relação com seus associados, promovendo uma sinergia que impulsione o desenvolvimento e a formalização de negócios no Brasil e no exterior. Assista: https://youtu.be/nZfwz3lEFAo
Fonte: Assessoria